Os filósofos que mais caem no enem!
Filosofia no Enem: resumo dos principais filósofos cobrados na prova
Exame cobra conhecimento específico sobre os pensadores
4 min de leitura
As questões de filosofia costumam fugir ao padrão do Enem em priorizar a interpretação e interdisciplinaridade. No caso desta matéria, as questões tendem a serem técnicas e teóricas, exigindo conhecimento específico do candidato para responder aos itens.
As provas dos últimos anos têm funcionado como base para a avaliação do conteúdo mais recorrente, uma vez que o exame mudou de perfil e passou a não apenas a avaliar, como também selecionar os candidatos – ou seja, ficou mais parecida com os outros vestibulares.
O tema filosófico mais recorrente nas últimas edições do exame é a filosofia antiga: há a presença dos filósofos pré-socráticos e perguntas bastante detalhistas sobre eles. “No período, os filósofos estavam buscando mais questões da ciência, como a origem do universo, por exemplo”, explica a professora Mayra Poubel, do Curso Preparatório Fábrica D.
Entre os expoentes desse período, também conhecidos como filósofos da natureza, estão:
Tales de Mileto – Para ele, toda vida começa na água e à água retorna quando começa sua degradação.
Anaximandro – O pensador defende que o nosso mundo é um dos muitos nascem de algo e permanecem nesse algo que ele chama de infinito. Não está claro o que ele entende por esse algo, não é algo determinado como para Tales.
Anaxímenes – Entende o ar como o elemento primordial para todas as coisas. É do ar condensado que surge a água. E também é o responsável pela criação do fogo e da terra.
Parmênides – Ele entendia que não é possível existir grandes transformações como a da água em tudo que está sob a terra. Algo só pode se transformar naquilo que já é em essência. Racionalista, ele duvidava do que via, pois podia estar alterado pelos sentimentos.
Parmênides – Ele entendia que não é possível existir grandes transformações como a da água em tudo que está sob a terra. Algo só pode se transformar naquilo que já é em essência. Racionalista, ele duvidava do que via, pois podia estar alterado pelos sentimentos.
Heráclito – Contemporâneo de Parmênides. Famoso pelo pensamento de que não podemos entrar duas vezes no mesmo rio, ele entende que a natureza está em constante transformação e a vida se faz a partir de contradições. Exemplo: só podemos valorizar a saúde após ficarmos doentes. Ao contrário de Parmênides, tem maior confiança nos sentidos.
Anaxágoras – Chamou de sementes os elementos infinitamente divisíveis que formam nosso corpo e tudo que está ao nosso entorno. Era interessado por astronomia e não acreditava que o Sol fosse um deus, acreditando que os astros celestes eram compostos pelos mesmos elementos que existem na Terra.
Demócrito – Entendia que tudo que na natureza era formado por partículas indivisíveis, os átomos. Ele não acreditava em espíritos ou divindades, por isso, sua leitura de mundo é chamada de materialista.
Os clássicos
Sócrates, Platão e Aristóteles também precisam ser estudados por refletirem sobre a origem do conhecimento e as bases da formação de uma sociedade democrática da ética e moral.
Sócrates, Platão e Aristóteles também precisam ser estudados por refletirem sobre a origem do conhecimento e as bases da formação de uma sociedade democrática da ética e moral.
Sócrates
Ele criticava os sofistas por serem relativistas morais, não acreditando em uma verdade absoluta. O filósofo célebre pela frase “só sei que nada sei” é o criador da maiêutica, método dialético para aquisição de conhecimento a partir da reflexão e de perguntas simples. Para Sócrates, o verdadeiro conhecimento leva a uma ação correta.
Ele criticava os sofistas por serem relativistas morais, não acreditando em uma verdade absoluta. O filósofo célebre pela frase “só sei que nada sei” é o criador da maiêutica, método dialético para aquisição de conhecimento a partir da reflexão e de perguntas simples. Para Sócrates, o verdadeiro conhecimento leva a uma ação correta.
Platão
Foi o discípulo mais próximo de Sócrates e é o motivo por este ser conhecido, já que nunca escreveu uma linha. Platão é conhecido pelo mito da caverna, uma forma de explicar a necessidade de conhecimento e a opção de muitos em viver na escuridão. O filósofo também fez reflexões sobre a política e entende que é a partir dela que a sociedade pode se organizar de maneira justa. “O cidadão que é político garante os direitos e a Justiça de uma sociedade”, explica o professor Vinícius Figueiredo Costa, do Curso e Colégio Bernoulli.
Foi o discípulo mais próximo de Sócrates e é o motivo por este ser conhecido, já que nunca escreveu uma linha. Platão é conhecido pelo mito da caverna, uma forma de explicar a necessidade de conhecimento e a opção de muitos em viver na escuridão. O filósofo também fez reflexões sobre a política e entende que é a partir dela que a sociedade pode se organizar de maneira justa. “O cidadão que é político garante os direitos e a Justiça de uma sociedade”, explica o professor Vinícius Figueiredo Costa, do Curso e Colégio Bernoulli.
Aristóteles
Discípulo de Platão, ele realizou estudos em diversos campos do conhecimento, como física, química, economia, e, claro, filosofia. Sua concepção de ética é pautada pelo utilitarismo, ou seja, é preciso encontrar uma ação equilibrada que seja baseada naquilo que trará maior felicidade.
Discípulo de Platão, ele realizou estudos em diversos campos do conhecimento, como física, química, economia, e, claro, filosofia. Sua concepção de ética é pautada pelo utilitarismo, ou seja, é preciso encontrar uma ação equilibrada que seja baseada naquilo que trará maior felicidade.
Maquiavel
O professor Vinícius Figueiredo Costa pede que os candidatos pensem em Maquiavel como “alguém que quer o bem sociedade”. “Não ver Maquiavel de maneira autoritária é importante para o Enem”, diz ele. “A maioria das pessoas entende que ele é um teórico do absolutismo, mas ele é republicano. A ideia do governo dele é de garantir o bem comum.”
O professor Vinícius Figueiredo Costa pede que os candidatos pensem em Maquiavel como “alguém que quer o bem sociedade”. “Não ver Maquiavel de maneira autoritária é importante para o Enem”, diz ele. “A maioria das pessoas entende que ele é um teórico do absolutismo, mas ele é republicano. A ideia do governo dele é de garantir o bem comum.”
Pensadores contratualistas
Jean Jacques Rousseau, John Locke e Thomas Hobbes são alguns dos que se encaixam na descrição. O primeiro é o pai da democracia moderna e entende que o Estado deve cuidar da maioria das demandas sociais, a partir do Contrato Social. O iluminista Locke faz uma reflexão focada na política liberal, mais do que a economia, e defende que o Estado deve garantir o direito à propriedade privada. E, por último, Hobbes com a frase “o homem é o lobo do homem” também tem sido mal interpretado de acordo com Figueiredo. “O ser humano é livre, e como ser livre ele pode optar por fazer o mau. Então ele pode optar por fazer o mal. A maldade é uma escolha decorrente da liberdade”, explica.
Jean Jacques Rousseau, John Locke e Thomas Hobbes são alguns dos que se encaixam na descrição. O primeiro é o pai da democracia moderna e entende que o Estado deve cuidar da maioria das demandas sociais, a partir do Contrato Social. O iluminista Locke faz uma reflexão focada na política liberal, mais do que a economia, e defende que o Estado deve garantir o direito à propriedade privada. E, por último, Hobbes com a frase “o homem é o lobo do homem” também tem sido mal interpretado de acordo com Figueiredo. “O ser humano é livre, e como ser livre ele pode optar por fazer o mau. Então ele pode optar por fazer o mal. A maldade é uma escolha decorrente da liberdade”, explica.
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